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Marcelo Auler

Compartilho aqui uma reportagem da Mídia Ninja sobre o ataque fascista que promoveram na Universidade de Brasília na noite de sexta-feira (17/06).

Ataque fascista à UnB 2“Entoando cantos racistas e homofóbicos, os agressores pediam a volta da Ditadura Militar. Um estudante foi agredido com um Taser, arma de choque cuja venda é controlada. Entre os agressores estava Kelly Bolsonaro, conhecida militante da ultra direita”.

O campus da Universidade de Brasília (UnB) foi palco de um ataque de extremistas da direita na noite desta sexta-feira (17). Munidos de porretes, armas de choque e bombas de efeito moral, aproximadamente 30 pessoas invadiram o Instituto Central de Ciências da universidade, conhecido como Minhocão, para agredir os estudantes e depredar o patrimônio público.

Ataque fascista à UnB 1Vestidos de pretos e portando bandeiras do Brasil – alguns usando camisetas estampadas com a foto de Jair Bolsonaro e outros da seleção brasileira – levaram pânico e destruição ao campus.

Entre os agressores estava Kelly Bolsonaro, conhecida militante da ultra direita que faz sucesso em páginas e grupos da internet que pregam a volta do regime militar e o extermínio da esquerda.

Além de arrancarem cartazes das paredes, agrediram verbalmente e fisicamente estudantes. Um estudante foi agredido com um Teaser, arma de choque cuja venda é controlada.

Entoando cantos racistas e homofóbicos, pediam a volta da Ditadura Militar. Segundo informações coletadas pela nossa reportagem, a intenção dos extremistas era promover um quebra-quebra no Centro Acadêmico de Sociologia. Por sorte, foram impedidos pela segurança do campus, que pediu reforço da Polícia Militar para conter os agressores. Com a chegada da PM, os extremistas fugiram, sem que nenhuma prisão fosse feita.

Outro fator que chamou a atenção de quem presenciou os ataques eram as mensagens escritas nas roupas usadas pelos agressores. Frases como “Polícia Federal, Orgulho Nacional” e “100% livre de esquerdismo” puderam ser vistas. Importante citar que no Facebook existem grupos com esta denominação, o que pode indicar uma linha de investigação para saber de onde partiram as articulações que resultaram na ação desta noite.

Durante os ataques, mensagens de texto foram enviadas dos aparelhos celulares daqueles que presenciaram o atentado. “Galera tá aqui jogando bombas e ofendendo geral, xingando todos de estudantes comunistas vagabundos”, relatou uma estudante que não quis se identificar.

A ação parece ter sido premeditada e com coordenação central. Durante o dia circularam e-mails com informações sobre o ataque, remetidas à reitoria para que as devidas providências fossem tomadas. Ao que tudo indica, os alertas foram ignorados, visto que a invasão de fato aconteceu.

1 Comentário

  1. João de Paiva disse:

    A extrema tolerância com o nazifascismo, quando não conivência e apoio explícito, por parte de autoridades deixa claro que a frágil democracia brasileira não foi vítima apenas de um golpe midiático-parlamentar. Não podemos esquecer como vem agindo a PM paulista, há alguns anos: ela apóia os protestos estrelados por nazifascistóides e reprime violentamente os protestos feitos por categorias profissionais de trabalhadores e movimentos sociais; essa PM promove chacinas na periferia, onde as vítimas são quase sempre negras ou mestiças, além de pobres. O PIG dá total apoio e guarida a essas ações violentas e criminosas da PM paulista.

    Certos do apoio do PIG e das PMs criminosas, os nazifascistas se encorajam e agora invadem as universidades. O Judiciário também tem se mostrado conivente com os nazifascistas.

    O governo golpista nomeou para ministro da justiça o nazifascista Alexandre de Moraes, um pitbull que era, até poucos meses atrás, o secretário de segurança pública de SP, ou seja, aquele que chefiou estimulou a PM paulista a ser uma das mais violentas do País.

    Em MG uma juíza chegou a prolatar absurda sentença proibindo estudantes de discutir política e realizar manifestações contra o golpeachment da presidente legítima Dilma Rousseff, em dependências da UFMG.

    No Paraná o presidente da associação de magistrados orienta procuradores do MPE e juízes do estado a perseguirem jornalistas que divulgaram os polpudos vencimentos desses privilegiados funcionários públicos – uma informação que pela lei da transparência é pública e que deve ser acessível a TODOS os cidadãos -, instruindo os ‘colegas’ a moverem ações judiciais em juizados especiais cíveis, exigindo indenização por danos morais. Em paralelo, delegados da SR/DPF/PR, integrantes da força-tarefa da operação Lava a Jato e que cometeram diversas ilegalidades criminosas – denunciadas e provadas em diversas reportagens publicadas neste blog – perseguem o Jornalista Marcelo Auler, movendo contra este o mesmo tipo de ação judicial, exigindo indenização por danos morais. Felizmente o valente e destemido Marcelo Auler, com auxílio de bons advogados, não se deixou abater; e agora sabemos que um dos delegados que moveu ação contra Auler, cometeu fraude processual (outro crime), ao propor a mesma ação, contra mesma pessoa, em diferentes juizados.

    Mais do que nunca é preciso que os jornalistas independentes sejam solidários uns com os outros e denunciem TODAS as autoridades que se mostram alinhadas ou participando do estupro à Democracia e aos direitos dos cidadãos, especialmente os mais pobres. Além disso, os jornalistas independentes brasileiros devem firmar parcerias com os jornalistas estrangeiros, de modo que todos os arbítrios e violências sejam denunciados nos veículos da imprensa internacional, já que a grande mídia comercial brasileira (o PIG/PPV) é unha e carne com os golpistas e com a direita nazifascistóide que tomou de assalto o Executivo Federal.

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